Wednesday, May 10, 2006

M:I - III

MISSÃO IMPOSSÍVEL III



Quando foi perguntado aos produtores da série Missão Impossível sobre a razão pela qual a cada novo filme, um novo diretor é escolhido para assumir o projeto mesmo o antecessor tendo exercido um belo papel ao dirigir o filme, a resposta foi simples: “Queremos dar, para cada episódio, uma visão nova e uma “cara” diferente do filme anterior”. Ao assistir ao terceiro filme da franquia, esse dirigido por J. J. Abrams, podemos constatar que isso realmente acontece. O segundo já demonstrava grandes diferenças em relação ao primeiro, mas é esse terceiro que se torna o mais diferente da franquia. Isso não é necessariamente bom, já que aqueles que gostaram do charme e do cinismo dos primeiros, certamente irão se decepcionar com o terceiro filme.
Em Missão Impossível, o agente Ethan Hunt não é mais o conquistador de mulheres do primeiro e do segundo filme e sim, um homem de família. Dessa vez, Ethan é noivo da bela Lindsey e esconde dela a sua verdadeira profissão. As coisas caminham bem até o chefe de Hunt o colocar em uma missão (impossível) de capturar o vilão do filme, Davian (Philip Seymour Capote Hoffman).
Notamos que dessa vez a trama assume um ar mais intimista e humano. Perceba como agora, Ethan não é mais um simples agente pronto para “salvar o mundo” de mais um vilão inescrupuloso. Desta vez, nos identificamos muito mais com o personagem de Ethan, já que agora os interesses procurados por Hunt não se resume mais a destruir um vírus perigoso e sim, salvar uma pessoa querida das mãos do vilão.
Logo em sua primeira cena, o filme aparentemente nos conta a resolução da trama (algo como Moulin Rouge e Beleza Americana). Isso poderia ser considerado um grave erro do roteiro, mas ao longo do filme percebemos que a cena inicial enriquece o mesmo já que passamos a temer muito mais o vilão e não duvidar da capacidade do mesmo. Vilão esse, que se revela ser infinitamente melhor que aqueles presentes nos primeiros filmes.
Notamos também um gradual envelhecimento do personagem. Ethan Hunt não executa mais as tão irritantes acrobacias nos momentos de luta que quase sacrificaram a qualidade do segundo filme da série. Desta vez, as lutas são mais verossímeis e menos, com perdão do trocadilho, impossíveis.
Falando em lutas, o terceiro filme assume definitivamente o posto de filme de ação. O primeiro e o segundo filme assumiam mais o ar de thriller conspiratório do que necessariamente, ação descompromissada e talvez seja esse o motivo pelo qual constatamos que esse é o menos interessante dos três filmes da série. Afinal, o grande diferencial dos primeiros filmes residia na inteligência de Ethan Hunt e não em sua capacidade de correr quilômetros em pouco tempo. Note como a única seqüência em que essas características aparecem (a invasão ao Vaticano) se revela como a melhor do filme.
Sendo assim, esse terceiro não parece ser um filme integrante da franquia Missão Impossível e sim, um bom filme de ação independente da série. A única “identidade” comum aos outros filmes que está presente nesse é a cativante música tema.
Desse modo, podemos considerar que J. J. Abram assassinou a série Missão Impossível ao dirigir o filme, mas ao mesmo tempo, nos entregou um belo filme de ação que empolga e nos faz torcer pelo protagonista.
Comparando este com os antecessores, o terceiro filme fica um pouco a baixo do segundo e bem longe do primeiro. Mas, cá entre nós, superar a inteligência e a invencionice do primeiro é quase, uma missão impossível.

2 Comments:

At 3:52 PM, Anonymous Anonymous said...

opa....legal...se bem q eu naum concordo..naum achei assim tãããããããããão ruim....hehehe

 
At 10:27 PM, Anonymous Anonymous said...

bom, o filme eh visivelmente diferente dos dois primeiros e tranqüilamente o que nos revela maior realismo, embora ainda contemos com algumas coisas estranhas e impossíveis, dignas do título... acho q eh um filme interessante, de ação e legal, só... bom, aguarde mais detalhes na minha resenha do filme, daqui à alguns dias no meu blog... flows...

 

Post a Comment

<< Home