Tudo acontece em ELIZABETHTOWN
Tudo acontece em ELIZABETHTOWN
Não nos resta dúvidas que Cameron Crowe foi das mais agradáveis revelaçõesda década de 90, juntamente com Paul Tomas Anderson (Magnólia e Boggie Nights) e M. Night Syamalan (O Sexto Sentido).
Mas o mais interessante desses três diretores está na visão particular que cada um possui na hora de dirgir e escrever seus filmes, o que acaba tornando quase impossível assisti-los sem reconhecer pelos seus “estilos”, que se trata de uma direção assinada por esses diretores.
No entanto Cameron Crowe é o menos badalado dos três. Apesar de a crítica gostar muito de seus dois primeiros filmes (Jerry Maguire e Quase Famosos), os mesmos críticos não aprovaram Vanilla Sky e muito menos esse agradável Tudo acontece em Elizabethtown.
O que é bastante injusto, pois Tudo acontece em Elizabethtown está no mesmo nível que seus filmes anteriores, perdendo apenas para Vanilla Sky.
Em Elizabethtown somos apresentados a Drew, um sujeito que acaba de amargar um verdadeiro fiasco quando desenha um modelo de tênis e o mesmo é rejeito pelos consumidores e leva a empresa da qual trabalha, ter um prejuízo de quase um bilhão de dólares.
Depois de ser evidentemente demitido, Drew chega a tentar se matar, porém é interrompido por uma ligação avisando que seu pai morrera.
Logo, Drew resolve voltar à cidade do pai (Elizabethtown) para enterrar o corpo e lá encontrar os amigos de seu pai. Durante esse vôo que o leva até a cidade, Drew conhece uma aeromoça chamada Claire e eles começam a viver um “pseudo – romance”.
Logo nos primeiros minutos de filme, notamos o tom que ele terá nas próximas duas horas de duração. Apesar de sua demissão e a tentativa de suicídio, o filme continua por incrível que pareça, feliz e otimista e talvez seja esse o problema que os críticos encontraram na trama.
Apesar de possuir um tema “triste” e uma carga emocional mediamente alta, as vidas dos personagens parecem não se abalar pelos fatos ocorridos (com exceção de alguns “choros” forçados) o que acaba nos dando a impressão de que aquilo tudo não passa de uma propaganda de margarina, onde todos estão felizes independente da situação.
Porém, não posso deixar de admitir que esse clima “feliz” do filme encanta o espectador. Tudo é muito bonito (inclusive o casal de protagonistas), principalmente os planos do filme, dando a impressão que Cameron Crowe escolheu a dedo cada paisagem do filme – percebam até o hábito de Claire fingir tirar fotos em alguns momentos.
Mas não é só a beleza visual que se sobressai, a química entre os dois atores é bastante intensa. No entanto, nenhuns dos dois atores interpretam com grande precisão. Orlando Bloom já cansou de mostrar que é um ator limitado, mas aqui pelo menos ele tenta esconder. Já Kirsten Dunst exagera na composição de sua personagem, mas quando acostumamos com a sua personalidade, o talento e a exuberante beleza da atriz começam a aparecer. A química do casal também nos presenteia com a melhor seqüência do filme, na qual eles passam uma madrugada inteira ao telefone.
Outro mérito do romance é a naturalidade em que ele se desenvolve e a sutilidade em que os fatos acontecem e nos levas a perguntar: Será mesmo que existia o Ben ? Ou era apenas uma “proteção” que Claire criou em volta dela? O que será que a namorada de Drew quis dizer com aquele “tchau” no final da ligação?
Mas o destaque, no campo das atuações, é a interpretação da veterena Susan Sarandon e é uma pena que ela tenha pouquíssimas cenas, mas as que aparecem são sempre interessantes.
Já principal característica da direção de Cameron Crowe, presente no filme, é o cuidado com a escolha da trilha – sonora. Todos os seus filmes são acompanhados com uma bela lista eclética de músicas que entoarão durante a projeção e em Elizabethtown não é diferente.
Mas Cameron Crowe também comente erros. Por que a ânsia de colocar algumas sub-tramas que de nada acrescentarão no filme e pior, sequer serão discutidas ao longo do mesmo? Dois exemplos claros é um estranho casamento que acontece no hotel que Drew está hospedado e o dilema de um pai com o filho bagunceiro.
O dez minutos finais também se revelam interessantes, apesar de duvidarmos que aquilo possa vir a acontecer na vida real e da originalidade do mesmo.
Tudo acontece em Elizabethtown é um conjunto de bons momentos, seja do casal ou da notória direção de Cameron Crowe. Assistir a esse filme é certamente uma experiência bastante agradável e positiva.
2 Comments:
eh, pela critica vc naum gosto tannnto assim... eh, quem sabe um dia eu assista...
hummm.....pensei q esse filme seria bem pior....Cameron Crowe dirigiu dois filmaços (Jerry Maguire e Quase Famosos)...mas esse eu naum botei fé....mas é legal q vc tenha curtido...bom é isso...
flws
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