O CÓDIGO DA VINCI


Tinha que haver algo errado. Como um livro tão “descartável” e “divertido” como O Código Da Vinci poderia cair nas mãos de um dos diretores mais tradicionais e burocráticos de Hollywood, Ron Howard ? Tinha algo estranho e o resultado foi, infelizmente, um filme estranho.
O filme tenta agradar a gregos e troianos de uma mesma maneira, mas não consegue a aceitação total de nenhuma das partes. Afinal, o roteiro escrito pelo irregular Akiva Godsman tenta ao mesmo tempo fazer do filme um thriller instigante e também um drama contundente. Mas, infelizmente não consegue ser nenhum dos dois.
O longa começa de forma eficiente, afinal a escolha do diretor em intercalar o assassinato no Louvre, com a polícia indo à procura de Langdon foi mais inteligente do que o modo que foi contado no livro, afinal acaba dando um ritmo mais ágil à produção. Mas infelizmente as escolhas acertadas de Ron Howard, como essas, são poucas e ele juntamente com o roteirista Akiva Godsman exercem ao filme, um clima bastante lento, pesado e confuso o que acaba tornando o filme, ao longo de suas duas horas e meia de projeção, maçante e cansativo. O que é bastante estranho, já que o livro de Dan Brown é intrigante e bastante ágil.
O primeiro erro de narrativa aparece no momento em que Langdon vai reconhecer o corpo de Sauniére no museu, já que o argumento que dá base ao livro é praticamente jogado para o espectador causando uma saturação de informações e para quem não leu o livro, correrá o sério de risco de assistir a todo o longa sem entender o verdadeiro motivo pelo qual Langdon foi chamado, o que eles estão procurando e o pior, a importância da informação deixada por Sauniére.
Outro grande equívoco do roteiro reside na trama envolvendo o Bispo Arigarosa e o albino Sillas. Toda a história que envolve o encontro dos dois, fundamental para a intensidade de um acontecimento no final do filme, é contada com um rápido flashback que de nada ajuda na concepção desses personagens.
Já o envolvimento do casal de protagonistas é levado de forma competente. No entanto, nunca chegamos a nos identificar como deveríamos com os protagonistas. Afinal, aspectos que nos faríamos se interessar por Langdon e Shopie, como o relógio do Mickey usado por Langdon, são solenemente ignorados. Essa indiferença pelos protagonistas faz da grande revelação sobre o passado de Shopie não ter a real intensidade que deveria.
(Caso você não tenha lido o livro, pule para o próximo parágrafo) Mas, um dos maiores erros cometidos por Dan Brown é felizmente corrigido no filme, que se trata do beijo final entre Langdon e Shopie. Durante todo o livro, não há nenhuma conotação amorosa entre eles e o beijo final acaba soando altamente forçado. Já no filme, o beijo é corretamente retirado.
O filme tenta agradar a gregos e troianos de uma mesma maneira, mas não consegue a aceitação total de nenhuma das partes. Afinal, o roteiro escrito pelo irregular Akiva Godsman tenta ao mesmo tempo fazer do filme um thriller instigante e também um drama contundente. Mas, infelizmente não consegue ser nenhum dos dois.
O longa começa de forma eficiente, afinal a escolha do diretor em intercalar o assassinato no Louvre, com a polícia indo à procura de Langdon foi mais inteligente do que o modo que foi contado no livro, afinal acaba dando um ritmo mais ágil à produção. Mas infelizmente as escolhas acertadas de Ron Howard, como essas, são poucas e ele juntamente com o roteirista Akiva Godsman exercem ao filme, um clima bastante lento, pesado e confuso o que acaba tornando o filme, ao longo de suas duas horas e meia de projeção, maçante e cansativo. O que é bastante estranho, já que o livro de Dan Brown é intrigante e bastante ágil.
O primeiro erro de narrativa aparece no momento em que Langdon vai reconhecer o corpo de Sauniére no museu, já que o argumento que dá base ao livro é praticamente jogado para o espectador causando uma saturação de informações e para quem não leu o livro, correrá o sério de risco de assistir a todo o longa sem entender o verdadeiro motivo pelo qual Langdon foi chamado, o que eles estão procurando e o pior, a importância da informação deixada por Sauniére.
Outro grande equívoco do roteiro reside na trama envolvendo o Bispo Arigarosa e o albino Sillas. Toda a história que envolve o encontro dos dois, fundamental para a intensidade de um acontecimento no final do filme, é contada com um rápido flashback que de nada ajuda na concepção desses personagens.
Já o envolvimento do casal de protagonistas é levado de forma competente. No entanto, nunca chegamos a nos identificar como deveríamos com os protagonistas. Afinal, aspectos que nos faríamos se interessar por Langdon e Shopie, como o relógio do Mickey usado por Langdon, são solenemente ignorados. Essa indiferença pelos protagonistas faz da grande revelação sobre o passado de Shopie não ter a real intensidade que deveria.
(Caso você não tenha lido o livro, pule para o próximo parágrafo) Mas, um dos maiores erros cometidos por Dan Brown é felizmente corrigido no filme, que se trata do beijo final entre Langdon e Shopie. Durante todo o livro, não há nenhuma conotação amorosa entre eles e o beijo final acaba soando altamente forçado. Já no filme, o beijo é corretamente retirado.
Não é só a revelação referente a Shopie que perde intensidade no longa, já que quando é revelada a indenidade do “mestre” ela também não causa o mesmo impacto do livro.
No campo das atuações, Audrey Tatou e Paul Bettany se sobressaem perante os outros. Já Tom Hanks está apenas correto como Robert Langdon e se tratando do excepcional Tom Hanks “apenas correto” é bastante decepcionante.
Já as partes técnicas do filme, sobretudo as locações, são bem interessantes. A autorização de várias locações de filmar nos lugares reais, dão um ar mais verossímil ao longa e enriquece as descobertas históricas feitas por Langdon e Shopie. A fotografia também se sobressai, sobretudo nos momentos históricos do filme, dando uma coloração perfeita para esse tipo de fashback.
Depois de tanta expectativa, o filme se resume a bons e maus momentos. Enquanto as maiores deficiências são de responsabilidade da burocrática e má direção de Ron Howard, os bons momentos, são em razão da ótima trama criada. Mas não pelos roteiristas e sim por Dan Brown, autor do romance.
Há cerca de um ano e meio, um filme produzido por Jerry Buckheimer chamado “A Lenda do Tesouro Perdido” foi considerado uma cópia do ainda não lançado filme O Código Da Vinci, mas depois de assistir a versão “original” tenho que admitir que esse Código Da Vinci, deveria ser comandado por Jerry Buckheimer pois assim, o filme seria belo menos, divertido.
No campo das atuações, Audrey Tatou e Paul Bettany se sobressaem perante os outros. Já Tom Hanks está apenas correto como Robert Langdon e se tratando do excepcional Tom Hanks “apenas correto” é bastante decepcionante.
Já as partes técnicas do filme, sobretudo as locações, são bem interessantes. A autorização de várias locações de filmar nos lugares reais, dão um ar mais verossímil ao longa e enriquece as descobertas históricas feitas por Langdon e Shopie. A fotografia também se sobressai, sobretudo nos momentos históricos do filme, dando uma coloração perfeita para esse tipo de fashback.
Depois de tanta expectativa, o filme se resume a bons e maus momentos. Enquanto as maiores deficiências são de responsabilidade da burocrática e má direção de Ron Howard, os bons momentos, são em razão da ótima trama criada. Mas não pelos roteiristas e sim por Dan Brown, autor do romance.
Há cerca de um ano e meio, um filme produzido por Jerry Buckheimer chamado “A Lenda do Tesouro Perdido” foi considerado uma cópia do ainda não lançado filme O Código Da Vinci, mas depois de assistir a versão “original” tenho que admitir que esse Código Da Vinci, deveria ser comandado por Jerry Buckheimer pois assim, o filme seria belo menos, divertido.
3 Comments:
(A)ssisti ao filme com (G)rande expectativa... (U)sualmente, imaginando (A)lgo mais (R)elativo ao livro... (D)ecididamente eu achei (E)estranho (A)lgumas escolhas do diretor... (M)uita coisa (I)mportante se perdeu... (N)aturalmente que isso é normal e (H)umano... uma vez que se trata de um filme... (A)prendi que não devemos esperar demais... hahaha... flows...
bem...concordei com vc na maioria dos pontos...realmente...mas vc naum disse se gostou da mudança no final da história da Sophie...eu achei mto falho...aquilo foi o ponto que o filme se perdeu..mas fora isso o filme é mto bom...eu esperava mais, mas é bom do mesmo jeito...mas no final acho q a nossa nota acaba equivalendo, pois as minhas notas só vão de 5 a 10...
parabéns pela crítica..muitissimo bem escrita....ahhh...fale-me quais Oscars são os mais provaveis?
flwsssssssssss
aew Tiago...poxa que pena q o filme não foi isso tudo neh? gostei num nivel médio, dei 3 estrelas e nota 8,0..acho q o filme perdeu muita expressão quando foi adaptado. o nojento do akiva lascou com o roteiro, deixando todos os personagens sem profunidade, superfluos. a direção tmb nao ajudou,o Ron pecou, deixou o filme sem expressão, eh algo como se o livro não combinasse com cinema e fosse bom nao te-lo adaptado. concordo em todos os pontos da sua critica, muito boa..parabéns. e aquele final, que nada a ver heim...afff
eh isso então, depois a gente se fala...agora eh criar expectativ pelo x-men 3
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