Sunday, April 30, 2006

Veredito final

Depois de tanto suspensse em relação a crítica do filme O Segredo de Brokeback Mountain, sem mais delongas, segue abaixo a crítica do filme e também, a minha opinião do vencedor do Oscar, Crash - No Limite.


CRASH - NO LIMITE



É engraçado o que um Oscar pode fazer na carreira de um filme. Crash – No limite certamente passaria despercebido pelo grande público. Apesar de um elenco conhecido ele seria ofuscado pelas inúmeras superproduções que chegam as locadoras mensalmente. Mas agora com o Oscar de Melhor Filme na bagagem, Crash – No Limite se tornará um dos filmes mais badalados do ano. Merecidamente.
Nos tempos em que os blobkbusters do verão americano decepcionaram nas bilheterias, o filme vencedor do prêmio máximo do cinema é tudo aquilo que um blockbuster não é: barato, intimista e provocante.
Em Crash, as tramas têm como plano de fundo a cidade americana Los Angeles, mas em nenhum momento percebemos que aqueles fatos acontecem apenas nos Estados Unidos. A cidade poderia ser Rio de Janeiro, São Paulo, Roma, Paris qualquer outra. Afinal, o que vemos durante as quase duas horas de Crash são histórias não de americanos, mas sim, de humanos.
O preconceito, a intolerância, a paranóia, a violência e o medo estão presentes em qualquer ponto do mundo, não só na América do Norte.
É evidente que o ataque terrorista as Torres Gêmeas em 2001 juntamente com a doutrina contra o terrorismo criada por Bush contribuíram para um aumento evasivo do preconceito dos americanos aos estrangeiros, mas esse mesmo preconceito sempre existiu e infelizmente sempre existirá.
Mas o roteiro escrito por Paul Haggis não cai no erro de tenta mostrar a solução para os problemas sociais apontados no filme, ele apenas nos mostra os pontos fracos da personalidade humana que nos leva a eles. Mas também fica bem claro, em diversos momentos, que mesmo aqueles personagens que se mostraram imorais e inescrupulosos momentos antes, apresentam um dos sentimentos mais presentes em um ser humano: o arrependimento.
Mesmo podendo ser qualquer outra cidade, Los Angeles se transforma na grande protagonista do filme. A cidade parece sempre pronta para uma nova reviravolta ou uma nova surpresa. Note como o diretor evita os grandes centros comerciais da cidade, preferindo ruas escuras e pouco movimentas tornando fáceis atos de promiscuidades.
Para ajudar nesse clima noir, percebemos uma bela fotografia bastante particular que é acaba passando um ar de “amadorismo” ao longa.
Mas o maior suporte de Crash – No limite não reside nas denúncias e nem na direção do novato Paul Haggis e sim, no elenco. Exatamente todos que aparecem na tela estão brilhantes. Sandra Bullock não deveria voltar mais as comédias românticas. Matt Dillon também não. Don Cheadle repete a excelência de Hotel Rwanda, mas a grande surpresa reside em dois jovens atores: Terrence Howard e Ryan Phillippe. Curiosamente, esses dois últimos são donos de uma das melhores cenas do filme.
Crash não parece filme, e sim um episódio piloto de uma série americana que faria com que os espectadores ficassem ligados na televisão todas as semanas para presenciar histórias interessantes e instigantes que podem estar acontecendo na frente de suas casas. Mas infelizmente, nesse caso, a série acaba no primeiro episódio.


...

O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTAIN



Nós já cansamos de ver romances proibidos no cinema. Seja ele impedido pela diferença de classes sociais, gangues rivais ou famílias inimigas. Mas, um casal proibido de se amar apenas por serem homossexuais é algo raro de se ver, ainda mais nessa sociedade preconceituosa e hipócrita que vivemos. Devido a essa temática homossexual, desenvolvida no filme, ele certamente causará incômodo em muita gente e talvez seja ela a maior razão pela derrota do filme no Oscar desse ano.
No entanto, a intensidade da história e a complexidade do roteiro vão além de um romance gay, nos revelando uma história de amor verdadeira, sensível e sem cair nos clichês do gênero.
O Segredo de Brokeback Mountain gira em torno de dois cowboys que são levados, a trabalho, a se isolar durante meses na solitária e belíssima Montanha Brokeback para cuidar de ovelhas. A princípio, a relação entre eles é bastante amistosa, se resumindo a poucos diálogos. Mas, aos poucos, eles se tornam amigos e confidentes, fazendo com que um seja uma boa companhia para o outro. Com a convivência, os dois começam a se envolver sexualmente e a partir daí, inicia um romance que atravessará décadas.
Mas é curioso constatar que ambos poderiam viver durante anos como amigos e nunca sentirem atraídos um pelo outro. O que nos leva a constatar que a relação iniciada em Brokeback Mountain é mais que um desejo sexual sentido naqueles meses de exclusão e sim, solidão. Ambos passaram meses isolados da sociedade tendo como companhia, apenas um ao outro. É mais do que natural, nessa situação, que uma relação amorosa entre dois seres humanos comesse a aparecer.
Uma prova disso é que ao longo das décadas de convivência entre eles, eles desenvolvem sim uma relação sexual, mas, sobretudo, uma relação de companheiros e amigos. Durante seus encontros periódicos depois de se conhecerem na Montanha Brokeback, ele conversam naturalmente sobre seus casos heterossexuais, sem nunca demonstrar ciúmes um pelo outro.
Mas caso esse mesmo roteiro caísse nas mãos de diretor inexperiente e sem a sensibilidade necessária para conduzir o projeto, o filme certamente perderia grande parte de sua qualidade. O diretor aqui é Ang Lee e ele consegue, com grandes méritos, que um romance homossexual em um ambiente totalmente machista soe plausível e natural.
Na primeira metade do filme, situada na Montanha Brokeback, o diretor consegue dar asas ao projeto fazendo da primeira hora de projeção bastante promissora. As cenas que retratam o isolamento dos dois cowboys conseguem, como poucos filmes, que nós nos envolvamos com o “casal” sem apelar para muitos diálogos ou momentos de pieguice barata.
Já na segunda metade, o diretor “entrega” o filme aos seus atores, que desempenham a função de manter a qualidade do filme muito bem. Principalmente Michelle Williams, que mesmo com um papel que pouco tem a desempenhar na história, consegue ser dona da melhor atuação do filme. Isso não quer dizer que a dupla de protagonistas está ruim, pelo contrário. Heth Ledger demonstra que todas as indicações às premiações que recebeu por esse papel, foram merecidas. Sobretudo no momento em que, já no final do filme, ele ouve uma “idéia” de Jack Twist.
Mas não é só no conceptismo que o filme se sobressai, se sobressai também no cultismo. Afinal, a parte técnica e visual do filme também representa um grande atrativo para o longa. Principalmente a maravilhosa trilha sonora de Gustavo Santaolalla que com sensibilidade e sem exageros, serve como ótimo instrumento para transpor as emoções da tela para o espectador. Trilha essa que foi, justamente, premiada com o Oscar desta categoria.
Não chega a ser totalmente injusta a derrota do filme na categoria principal, perante a vitória de Crash – No Limite. Mas, após assistir ao filme, todo o favoritismo é justificado e caso o resultado na noite do Oscar apontasse O segredo de Brokeback Mountain como vencedor da noite, seria um prêmio bastante justo e mais merecido.

Wednesday, April 26, 2006

Brokeback Mountain ou Crash ? - VEREDITO FINAL

Depois de tanta polêmica, o veredito final está proximo. A batalha do ano será travada aqui no JOFSEnds e você não pode perder. Nesse Domingo:

O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTOU ou CRASH

- Qual é Melhor?-



"Jack, o que será que o Tiago achou do nosso filme?"




"Deus, por favor, faça Crash ser o preferido do Tiago"


Nesse DOMINGO.

O Duelo do ano! Não perca!

Tuesday, April 11, 2006

Esclarescimentos

Bom, cá estou eu. Um ano mais velho do que no post passado ( depois eu posto fotos da minha "festinha" aki) e um pouco mais desanimado em relação a vinda da Madonna em terras nacionais. Parece que ficaremos novamente no "quase" e não poderei ver a eterna rainha da música ao vivo.
Bom, como só agora surgiu um tempinho para eu postar com calma aqui no blog, eu farei alguns comentários sobre os dois filmes do post anterior que geraram dúvidas e surpresas quanto a cotação.

Vamos a eles:


Era do Gelo 2


Não sou nem um pouco fã do primeiro e não esperava muita coisa dessa sequência. A minha espectativa cabia na direção do brasileiro Carlos Saldanha e fico contente em constatar que ele não é o responssável pala má qualidade do filme. Claro que o brasileiro sairá com a moral alta depois dessa empreitada na direção, afinal o projeto está se revelando um enorme êxito comercial, mas a franquia certamente sairá abalada perante os críticos.
Afinal, ao assistir ao longa, tive a impressão que os produtores poderiam ter esperado um pouco mais a vinda de um roteiro que valesse mais apena, já que esse novo filme não tem o menor propósito. A sequência cai no "lugar comum" ao apenas mudar o cenário e repetir a idéia do orignal, apenas adicionando novos perssonagens.
Não é a toa que a maior qualidade do filme vem do primeiro: o esquilo. Apenas ele.


O Jardineiro Fiel



Evidentemente que o filme do brasileiro Fernando Meireles termina com o saldo positivo no final de suas longas duas horas. Mas, a não ser a ótima atuação de Ralph Fienes que supera até a sua colega de cena, Rachel Weisz a produção não se sobressai em nenhum aspecto.
É um suspensse policial bem construido, bem finalizado e bem dirigido. Foge dos clichês mas não chega a inventar nenhum.

Saturday, April 08, 2006

Notícia urgente excepcional e maravilhosa!!!!!!


ELTON JOHN VEM AO BRASIL EM 2007!

Elton John, no Live 8 ano passado.


Elton John – casadíssimo com David Furnish – virá ao Brasil em 2007. A empresa americana Audiorama anunciou a vinda do astro ao Brasil, para apresentação na praia de Copacabana, com data provável para a segunda quinzena de janeiro.Faz mais de dez anos que o fofo veio Brasil. A última foi em 1995.
Fonte: UOL

É claro que eu vou!!

Tuesday, April 04, 2006

Rapidinhas.

Bom, como essa semana tem as provas mais importantes do mês, eu não terei tempo para escrever uma crítica completa desses três filmes que eu vi recentemente. Para não passar em branco, vejam as estrelas atribuidas a eles:



CIDADE BAIXA


A ERA DO GELO 2



O JARDINEIRO FIEL

Sunday, April 02, 2006

I Confessed on a Dance Floor

Apesar dos pezares ocorridos durante a noite do La Salle da última sexta - feira, ela foi sem dúvida a melhor que já fui. Além de ser organizada pela nossa série ( o terceiro ano), foi a que eu mais aproveitei e a que mais dançei. Tocou até Madonna!
Tudo isso sem beber muito!!